September 9, 2008

music is my imaginary friend

Que o meu gosto musical define certos aspectos da minha personalidade eu já sabia, mas até cientistas escoceses confirmarem isso, eu nunca tinha parado pra pensar no quanto. Além de escreverem a minha trilha sonora pessoal, os músicos que fazem parte da minha vida compartilham de detalhes que moldam o meu universo. Pessoas extremistas, desesperadas, volúveis, obstinadas – mas acima de tudo, pessoas sinceras que reconhecem sua própria individualidade.

Sob a luz desse silogismo, a minha seleção inconsciente de músicas favoritas é facilmente explicada. Afinal, existe algo mais poeticamente obsessivo do que amar alguém tão intensamente que até morrer em um acidente de carro com essa pessoa se torna um privilégio? Algo mais irracional do que reconhecer a própria inaptidão por não ser as pretty as those girls in magazines? Algo mais obsceno do que se identificar com o anseio de ser perder do mundo, nem que por um minuto apenas?

É reconfortante saber que eu nunca estou realmente sozinha – a fuga alheia me faz companhia.