March 8, 2009

Past & Pending....

Dawson's Creek, Popular, Young Americans, Buffy the Vampire Slayer.

As últimas semanas tem sido sobre o passado... o meu, o dos personagens, o de pessoas que fizeram parte da minha vida, o nosso. Oito anos no futuro, e as coisas são completamente diferentes, mas ao mesmo tempo tão iguais. As mesmas inseguranças, os mesmos medos, os mesmos sonhos e fantasias adolescentes de quem assistiu muitos contos de fadas da Disney.

Gosto de pensar que eu tenho um lado Carrie Bradshaw de mulher decidida e independente, mas a verdade é que, no fundo, sou apenas uma amalgamação dos jovens clichés de seriados americanos. Não sei se por medo de aceitar o futuro ou por inabilidade de superar minhas inseguranças, eu às vezes acho que não mudei absolutamente nada nos últimos anos. Mudou o cenário, mudou o roteiro, mudaram os personagens secundários, mas eu continuo a mesma. Se isso é bom, ruim ou eventualmente indiferente ainda não sei ao certo... mas me sinto um tanto presa na minha própria pele. Parece que todos ao meu redor estão crescendo, evoluindo, achando seus próprios caminhos e eu continuo aqui - estagnada.

E ao mesmo tempo, eu daria qualquer coisa pra voltar aos meus 15 anos, nem que por um dia.

February 14, 2009

going through the motions


“Christina continued searching, certain only of what she did not want.”


Eu não sei ao certo o que quero. Talvez você tenha razão – talvez eu esteja, de fato, fugindo. Talvez eu queira apenas algo diferente do que tenho hoje, talvez meus sonhos existam apenas porque são inalcançáveis. Sei apenas que não quero mais essa vida que você me oferece tão livremente, mas que me custa tanto. Sim, eu sou a única responsável, a única culpada pela minha atual situação. Eu reconheci os sinais, pressenti o desastre – mas no final das contas me faltou força, poder ou talvez até desejo de impedir o desfecho. Por favor, aceite que nós somos pessoas diferentes. Não quero a sua vida de conformismo, de inércia, de desespero silencioso. Não quero simplesmente aceitar por medo. Sim, eu tenho medo de tentar e falhar, assim como você, mas não serei nunca escravizada por ele. Por vezes, o medo foi tamanho que me impediu de pensar, de ver com clareza o que realmente quero, de nadar contra a corrente, mas não mais. Eu não sou mais a criança insegura e indefesa que hesita a cada passo, que pede conselhos, que aguarda o cafuné de aprovação. Há tempos aprendi a viver sem você… o difícil agora é viver com você. Cansei de deixar que suas convicções ditassem minha existência, cansei de aceitar suas manias, de abaixar a cabeça enquanto você me prega suas verdades absolutas e me culpa pela minha própria infelicidade. Eu posso ter falhado, mas você também falhou… a culpa de nós dois não é apenas minha.


Você acha que sabe o que é melhor pra mim, mas você nem ao menos sabe o que é melhor pra si próprio. Não quero seguir o seu caminho cegamente até o dia em que não puder mais achar o meu próprio. Prefiro a incerteza do meu futuro do que a certeza do nosso presente. De certa forma, você esteve certo o tempo todo… eu não sei o que quero.


Sei apenas isso: eu não quero simplesmente sobreviver.

October 8, 2008

the worst of the worst

Se a qualidade do meu gosto musical está diretamente relacionada à certos aspectos da minha personalidade, o que os meus guilty pleasures revelam sobre a minha pessoa? Me orgulho de ter, na medida do possível, um gosto musical remotamente aceitável. No entanto, a minha inclinação por festas – digamos, alternativas – serve como uma lavagem cerebral que me leva a ficar horas procurando coisas que nunca deveriam ser chamadas de música e que, eventualmente, acabam por poluir por o meu Ipod.

Detalhe que eu tenho perfeita consciência do meu problema. Tanto que desligo, sabiamente, o plug-in do LastFM para manter as aparências. Mas como eu estou entediada, resolvi fazer uma compilação das dez piores músicas presentes no meu ipod e to hell com a minha reputação. Ela nunca foi muito boa mesmo…

10. Wake me Up Before you Go-go - Wham!
Entra em décimo lugar porque eu não vou mentir - eu realmente AMO o George Michael.

9. Vogue - Madonna
Antes de fazer dueto com a Britney, antes da Kabbalah, na época que o Sean Penn colocava a cabeça dela no forno - Madonna dos anos 90 era o máximo.

8. My All - Mariah Carey
Eu tive, assim como todo mundo que eu conheço teve, o #1 da Mariah - viciou, fazer o que?

7. Remember the Time - Michael Jackson
Vou culpar a minha mãe, sim! Ela sempre teve uma coisa pelo Michael Jackson e acabou passando pra mim.

6. Step by Step - New Kids on the Block
Outra que é culpa de membro da família, dessa vez minha prima. Infelizmente acabou levando a outras drogas mais pesadas, tipo Backstreet Boys, Nsync, Spice Girls, etc etc etc

5. Weird - Hanson
Não sou só eu que gosto, tá? O Gus Van Sant também gosta... ele até dirigiu o clip.

4. Labels or Love - Fergie
Aqui a coisa começa a complicar... acabaram minhas desculpas. Essa música toca na trilha de Sex and the City, pronto.

3. Piece of Me - Britney Spears
ULC e tenho dito.

2. Wait a Minute - Pussycat Dolls
Favor ver explicação anterior.

1. Get Busy - Sean Paul
Nem eu sei porque eu tenho/gosto dessa música. Não entendo nada que ele fala, acho o cara péssimo, mas por alguma razão, ela continua firme e forte no Ipod.


Fiquem à vontade pra fingir que não me conhecem depois dessa, ok?

October 6, 2008

I'm calling it quits...

Não, eu não sou perfeita - longe disse. Tenho mais defeitos do que existem palavras para expressá-los. Cometo erros diariamente - a maioria deles a meu respeito.

Sou a pessoa mais teimosa que você um dia vai conhecer. Tenho sérios problemas para balancear diferentes áreas da minha vida. Acho divertido falar mal de pessoas que não conheço. Odeio admitir que errei. Sou volúvel, impaciente, perfeccionista ao extremo, temperamental e um tanto indelicada quando alguma coisa não segue meus planos tão bem traçados.

Sou insegura, carente, possessiva e ciumenta de uma maneira "quase" doentia. Sou sarcástica, imprudente, insolente e intransigente. Não gosto de fazer concessões, abrir exceções ou mudar de opinião. Tenho uma visão muito bem definida do mundo e não gosto de mudá-la por nada nem ninguém.

A lista continua ad infinitum. Então por que você sente a necessidade de me acusar de coisas das quais sou inocente?

September 9, 2008

music is my imaginary friend

Que o meu gosto musical define certos aspectos da minha personalidade eu já sabia, mas até cientistas escoceses confirmarem isso, eu nunca tinha parado pra pensar no quanto. Além de escreverem a minha trilha sonora pessoal, os músicos que fazem parte da minha vida compartilham de detalhes que moldam o meu universo. Pessoas extremistas, desesperadas, volúveis, obstinadas – mas acima de tudo, pessoas sinceras que reconhecem sua própria individualidade.

Sob a luz desse silogismo, a minha seleção inconsciente de músicas favoritas é facilmente explicada. Afinal, existe algo mais poeticamente obsessivo do que amar alguém tão intensamente que até morrer em um acidente de carro com essa pessoa se torna um privilégio? Algo mais irracional do que reconhecer a própria inaptidão por não ser as pretty as those girls in magazines? Algo mais obsceno do que se identificar com o anseio de ser perder do mundo, nem que por um minuto apenas?

É reconfortante saber que eu nunca estou realmente sozinha – a fuga alheia me faz companhia.

August 24, 2008

It's been a long, slow collision

Eu tenho uma relação de amor e ódio com esse blog. Escrever aqui é meu refúgio, meu porto seguro no meio da tempestade, o único cantinho que é só meu. Mas, ao mesmo tempo, escrever aqui é comprovação de que eu estou, novamente, sozinha. Não sinto necessidade de me expor a não ser quando sou condenada à solidão desse lugar, mas quando ninguém mais me entende, a neutralidade desse espaço me conforta.

Se fico muito tempo sem aparecer, não é por falta de apego e sim porque muito me custa admitir que, mais uma vez, eu preciso desse cantinho. Minha vida toda eu tive algum tipo de subterfúgio e hoje não é diferente. Quando eu preciso fugir de mim mesma, nada mais apropriado que fugir para um lugar tolerante, imparcial – maravilhoso em toda a sua simplicidade.

I’m back… whatever that means.

December 27, 2007


Não acho que era isso que minha mãe tinha em mente quando ela me falou que geeks dominariam o mundo... mas não é que ela estava certa?


Porque não existe nada mais divertido que organizar uma Ploc particular e reviver a infância através da telinha do YouTube.

Obrigada, deuses da Internet, por mais esse presente!