De todas as coisas que eu lamento não saber fazer direito, acho que escrever é a que mais me faz falta. Eu escrevo, gramaticalmente falando, muito direitinho. Sei onde colocar as vírgulas e os pontos, sei a grafia correta das palavras e tenho, até certo ponto, um bom vocabulário. Mas, pra mim, escrever bem não é isso.
Invejo pessoas como Salinger, Gaiman ou Miller que tem a capacidade de juntar palavra com palavra, e formar não uma frase, mas a mais perfeita descrição de sentimentos e vontades.
Eu travo uma luta eterna com as palavras, uma relação de amor e ódio. Palavras que, quando escritas por gênios da literatura, são capazes de traduzir as mais poderosas expressões humanas. As mesmas palavras, em minhas mãos, não passam de agregados de letras, muitas vezes sem sentido. Queria, mesmo que por um dia apenas, experimentar a maravilhosa sensação de criar algo verdadeiramente bonito.
"How vain it is to sit down to write when you have not stood up to live"
- Talvez o problema seja esse... talvez eu não tenha vivido o suficiente.
February 4, 2007
This Strange Effect...
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
3 comments:
não sei se grande literatura saem de grandes experiências de vida.
álvares de azevedo, por exemplo, morreu aos 21 anos e escreveu noite na taverna que dificilmente retrata experiências suas.
e sei lá, é tão mais interessante ver alguém escrevendo sobre o nada de uma forma diferente. isso sim, acho que requere um verdadeiro talento.
quanto ao seu talento: você se dá menos crédito do que deveria. sua combinação de palavras se encaixa direitinho aqui com a minha compreensão.
love you.
eu não interpretei essa frase apenas do mesmo jeito que a Lu... eu penso que, para fazer uma coisa bonita, de qualidade, não adianta vc sentar e "vou fazer essa coisa bonitona e tal". os pensamentos não vêm quando a gente quer, e nada melhor que um pensamento/sentimento/desabafo sincero e natural pra forçar nossas cabecinhas ao seus máximos na busca de encontrar as melhores palavras, por mais estranhas que elas possam soar ao primeiro olhar, so we can ourselves clear.
e como ajuda saber várias línguas nesse caso! hehehehe (e ainda me perguntam pq eu gostaria de saber diversas línguas)
beijos! saudades milhões tb =*
P.S.:não sei se esse comment ficou confuso, mas to com preguiça de revisar)
exatamente, eu concordo com a luiza.
na verdade, muitos dos escritores, os grandes, não tiveram essa super vida, não! E eles escrevem assim justamente pela forma de vivência. Há excessões, o Miller viveu bastante pra um escritor, mas isso é raridade.
Acho que a melhor coisa a se fazer, é observar mais as coisas e partir daí. Por exemplo, ontem, eu estava olhando pela janela da uerj e vi uma coisa linda. Umas nuvens descendo, mas descendo mesmo, por umas montanhas. parecia fumaça, nem parecia q eu estava na cidade. se vc conseguir prestar atenção nessas coisas, já é meio caminho andado. Aí, comece a imaginar em cima... =]
Outra é exercitar, e vc tem o blog pra isso. Já estou totalmente convencida q escrever é coisa q se aprende sim, até certo ponto. Bom, you have what it takes.tenho certeza.
pensar nos grandes autores não dá em nda. eles destroem vocações.
beijos!
Post a Comment