June 6, 2007

I always wanted to be a Tenenbaum.


A minha vida toda eu sempre soube que a minha família não era normal, mas de uma maneira excêntrica e divertida, como um filme do Wes Anderson. A tia que inventa que a sobrinha teve trigêmeos enquanto morava nos Estados Unidos, simplesmente porque não queria ser a única da vila a não ter netos. O tio que some por quatro anos porque decidiu que queria conhecer o Tibet e aprender sobre ervas, medicinais e outras nem tanto. A avó que sente uma leve dor de cabeça e apavora a família toda dizendo que estava com aneurisma. O pai que faz uma viagem internacional de quase nove horas para assistir a final do Campeonato Carioca. O mesmo pai que, aos cinqüenta e dois anos, decide comprar uma bateria porque diz ser relaxante.

O mais fantástico é que, mesmo depois de conviver com pessoas assim por quase vinte e dois anos, eu ainda consiga me surpreender. Não consegui evitar a gargalhada que tomou conta de mim quando meu pai me informa que estaria viajando pro Arizona (uma viagem que dura quase dez horas) depois de inventar uma conferência com um cliente pura e simplesmente porque estava com vontade de comer em um determinado restaurante. E depois ele ainda espera ser levado a sério.

3 comments:

Gabriel Ninô said...

hahahaha minha família é mostly boring... tudo bem que meu tio engravida alemã e depois passa 16/17 anos morando por lá, mas ainda assim acho muito chato... =P aliás, essa viagem do seu pai pra ver a final do carioca pode ser um ótimo argumento, hein, lu! =)

campanha: "vem, lutz" /o/

=***

Anonymous said...

ahhahahahahahah
você esqueceu de contar também do hobby da sua mãe de ir em paradas gays e as histórias dela com o lúcio!
bjsss ;p

Mayra said...

Lucky you! ;)
a minha família é da linha do Equador pra baixo mesmo. Bem mediterrênea, ou seja... drama até não poder mais. Bem espanhola. Crimes passionais e coisas assim. Uó!
preferia que fossem excêntricos.
=*